Antes da hora
Já contei alguns causos com a participação do Cachimbo. Vou contar mais um.
Cachimbo é o apelido do Oséas da Costa Félix.
No período em que ele trabalhou na Rádio Colombo, no início dos anos 70, ele ainda estava na ativa como radiotelegrafista do Exército. Sabedores de suas aptidões ao microfone, os seus superiores hierárquicos o escalavam para narrar e comentar as paradas, desfiles militares, qualquer evento em que se precisasse de um locutor.
Numa dessas, Dia da Bandeira, depois da cerimônia tradicional da queima das bandeiras velhas, houve o desfile em frente ao Palácio do Governo. E o Cachimbo foi narrando e fazendo patrióticos comentários.
Lá pelas tantas, de forma muito caprichada, Oséas agradeceu a presença das autoridades civis, militares e eclesiásticas, do público em geral, e deu a festividade por encerrada.
Minha nossa, que encrenca ele arrumou!
Indignado, o coronel seu chefe tomou o microfone da sua mão e pediu que todos permanecessem no local. A festividade que o Cachimbo encerrara com capricho não havia chegado nem sequer à metade. Ele levou a maior bronca do coronel, daquelas que só quem já serviu no exército sabe como são. Parece que nunca mais o escalaram para transmitir desfiles militares.
Radialista, publicitário e escritor começou sua carreira profissional na Rádio Marumby fazendo locução e apresentação de programas de estúdio e auditório. Na Rádio Clube Paranaense chegou à direção geral. Dedica-se atualmente à agência Santa Lúcia Propaganda da qual é sócio-fundador desde 1968.
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