Computação cognitiva: nova era na área de inteligência artificial
MILTON – Bom dia, Ethevaldo, como vai?
ETHEVALDO: Bom dia, Milton, bom dia, ouvintes. Tudo ótimo.
MILTON – Ethevaldo, na sua opinião, qual é o maior avanço na área de inteligência artificial?
ETHEVALDO: Eu não tenho a menor dúvida em afirmar que é a computação cognitiva, que marca uma nova era em computação.
MILTON – Quem foi o responsável por esse avanço da computação?
ETHEVALDO: A rigor foi uma equipe de pesquisadores da IBM nos Estados Unidos. Esses cientistas criaram o computador Watson, nome dado em homenagem ao fundador da IBM, Thomas Watson.
É bom lembrar que, como o próprio nome já indica, a computação cognitiva não trabalha apenas com dados e informações. Seu objeto central é o conhecimento.
MILTON – E como funciona esse supercomputador?
ETHEVALDO: O Watson se diferencia dos demais computadores por se basear em três capacidades:
• A primeira é o processamento em linguagem natural. Isso significa que ele entende o que falamos e responde em linguagem humana.
• A segunda capacidade do Watson é uma forma de raciocínio da máquina, com a geração de hipóteses e avaliações – com o uso de técnicas de análise avançada para comparar e escolher um conjunto de respostas baseadas numa única evidência relevante.
• Outra característica revolucionária é da computação cognitiva é a aprendizagem baseada na evidência – que se aprimora com a repetição e interação.
MILTON – Já existem aplicações práticas desse tipo de computação?
ETHEVALDO: Já existem muitas, Milton. Uma das primeiras e mais bem sucedidas está na área de medicina, em que o computador Watson funciona como um auxiliar do médico, tanto na fase de diagnóstico quanto na de tratamento.
Como se sabe, nenhum médico especialista memoriza mais do que 20% das informações sobre diagnósticos e tratamentos de sua especialidade. É nessa área que entra a colaboração do Watson, pois ele acumula praticamente a totalidade do conhecimento de cada área ou especialidade.
MILTON – E qual é o resultado dessa ajuda que o computador dá aos médicos?
ETHEVALDO: O grande resultado é de ordem qualitativa, com a redução substancial do número de erros de diagnósticos e de medicação cometidos nos Estados Unidos – atualmente em torno de 1,5 milhão a cada ano.
Escritor, consultor e jornalista especializado em novas tecnologias. É colaborador da revista Época e comentarista da Rádio CBN. Ethevaldo cobre o setor tecnológico ligado à comunicação há mais de 40 anos entrevistando cientistas, participando de congressos internacionais e visitando exposições, laboratórios e universidades.
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