Decreto endurece normas para rádios e TVs
Novo modelo exige que interessado em outorga forneça dados contábeis detalhados
Sofia Fernandes
A presidente Dilma Rousseff assinou ontem decreto que muda o rito de licitação de outorgas para rádio e TV, com mais exigências financeiras e técnicas.Com as novas regras, o governo quer dificultar a participação de candidaturas de fachada nas licitações.O candidato à outorga deverá apresentar balanço patrimonial e demonstrações contábeis mais detalhadas. As exigências documentais também serão maiores.A empresa interessada terá de apresentar pareceres de dois auditores independentes demonstrando a capacidade econômica da empresa.Também deverá ser apresentado projeto de investimento com a origem dos recursos, além de provas de idoneidade da empresa.
Outra exigência para comprovar condição econômica para arcar com um projeto de TV ou rádio, o pagamento do valor integral da outorga deverá ser feito à vista. Se a entidade não o fizer, será desclassificada, e o segundo colocado, convocado.
Atualmente, o pagamento é feito em duas parcelas; a segunda é quitada um ano após a assinatura do contrato.O decreto determina ainda que o Ministério das Comunicações vai definir o valor da caução, que hoje é de 1% do valor do contrato.
Segundo o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), a tendência é que nos próximos editais seja definida uma caução de 10% do contrato.
O ministério será responsável pela emissão das outorgas de emissoras de rádio. A Presidência continuará cuidando das outorgas para emissoras de TV.
O decreto não trata diretamente da posse de outorgas por políticos. Bernardo defende que o tema seja tratado no novo marco regulatório da mídia, em formulação no Executivo.
Folha | A12 Poder | Sofia Fernandes de Brasília | 17 de janeiro de 2012
Radialista, jornalista, publicitário, professor e pesquisador é Mestre em Administração pela UDESC – Universidade do Estado de SC: para as áreas de marketing e comunicação mercadológica. Desde 1995 se dedica à pesquisa dos meios de comunicação em Santa Catarina. Criador, editor e primeiro presidente é conselheiro nato do Instituto Caros Ouvintes de Estudo e Pesquisa de Mídia.
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