Eleições: A influência da mídia
A propósito da matéria e entrevista publicadas no dia 21/8, sob o título “Cessa tudo que a antiga musa canta…”, neste site, contatamos com a Ombudsman da Folha sobre a ausência do veículo rádio na matéria de autoria dos diretores do Datafolha, Mauro Paulino e Alessandro Janoni.
Em resposta de hoje, 24/8, o diretor-geral do Datafolha esclarece que “O rádio é um dos meios utilizados pelos brasileiros para se informar sobre os candidatos (52%), mas não o principal (7%) e tampouco o preferido (6%). Ao contrário da TV, que é utilizada por 88%, é considerada a principal por 65% e preferida por 61%. Em relação aos jornais, essas taxas são 54%, 12% e 10%, respectivamente. Caso o leitor se interesse, dados completos da pesquisa aqui. (O link não está ativado neste post).
A partir de amanhã à noite, 25/8, o Instituto Caros Ouvintes publica uma série de depoimentos de seus colaboradores abordando o tema Eleições | A influência da mídia.
Radialista, jornalista, publicitário, professor e pesquisador é Mestre em Administração pela UDESC – Universidade do Estado de SC: para as áreas de marketing e comunicação mercadológica. Desde 1995 se dedica à pesquisa dos meios de comunicação em Santa Catarina. Criador, editor e primeiro presidente é conselheiro nato do Instituto Caros Ouvintes de Estudo e Pesquisa de Mídia.
Ninguém duvida que a cultura do povo brasileiro, talvez mais do que qualquer outro, é moldada segundo aos ditames da televisão, com tudo o que de bom e mau isso possa acarretar. Portanto, nenhuma surpresa em que seja o meio fundamental para influenciar as decisões de voto. E aí está a grande, enorme vantagem de Dilma – rádio tem alegados 7% de influência, jornais, com 12%, quase que exclusivamente para eleitores de Serra e Marina. Web, na minha opinião, está sendo usada como se fosse um jornal, sem a necessária interatividade, portanto cai na mesma categoria. Vamos, portanto, depender da TV. E aí é que está a questão – há muito menos informação do que publicidade. Os debates são previsíveis, entrevistas mornas. Predominam os programas de campanha, com produção nível Hollywood do PT e as demais num mesmo balaio (Zé? votar num Zé? Isso é estratégia?). Então, no mês que nos falta, continuemos nos intervalos comerciais da TV, agora dedicados às eleições.