Emprego formal no Brasil aumenta mais de 50%, afirma OIT
Segundo relatório lançado nesta quinta-feira, foram criados mais de 15 milhões de postos de trabalho no país entre 2003 e 2010; estudo indica também queda no índice de trabalho infantil.
MÍDIA | Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York
Um estudo da Organização Internacional do Trabalho, OIT, no Brasil aponta crescimento expressivo do emprego formal no país, com a criação de mais de 15 milhões de postos de trabalho entre 2003 e 2010. O aumento de 53% no emprego formal é um dos destaques do relatório “Perfil do Trabalho Decente no Brasil”, que avaliou, pela primeira vez, todos os 26 estados mais o Distrito Federal. De Brasília, o autor do estudo da OIT, José Ribeiro, explicou à Rádio ONU que apesar do crescimento, as desigualdades no setor continuam. “Esse emprego formal cresce de forma mais expressiva nas regiões mais pobres e com mercados de trabalhos menos estruturados, a exemplo do Norte, onde o avanço foi de 85% e no Nordeste, 65%. Temos severas desigualdades regionais. Poderíamos chegar, por exemplo, a 70% em São Paulo, no Distrito Federal e em Santa Catarina, mas apenas 26% no Piauí. Apesar do avanço, temos ainda um desequilíbrio regional”.
Crianças
Segundo a OIT, o índice de trabalho infantil no Brasil diminuiu para 9,8% entre 2004 e 2009. O número de crianças e adolescentes ocupados reduziu em mais de 1 milhão no período.
O especialista José Ribeiro destaca que alguns estados estão perto de erradicar a prática entre crianças de cinco a nove anos de idade.
“Os estados nos quais o trabalho infantil já apresenta uma taxa praticamente ínfima, inclusive com alguma insignificância amostral nas pesquisas domiciliares, são Roraima, Pará, Maranhão, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal também.”
Escolaridade
De acordo com José Ribeiro, outro aspecto positivo apresentado no relatório é o contínuo declínio do desemprego no país. Mas a taxa de desemprego entre os jovens no Brasil segue a tendência mundial de alta.
A OIT afirma ainda que 90% dos novos empregos formais no país demandam que o candidato tenha pelo menos o ensino médio completo. O “Perfil do Trabalho Decente no Brasil” avaliou no total 10 dimensões do setor, como rendimentos, jornada de trabalho, segurança e igualdade de gênero
Radialista, jornalista, publicitário, professor e pesquisador é Mestre em Administração pela UDESC – Universidade do Estado de SC: para as áreas de marketing e comunicação mercadológica. Desde 1995 se dedica à pesquisa dos meios de comunicação em Santa Catarina. Criador, editor e primeiro presidente é conselheiro nato do Instituto Caros Ouvintes de Estudo e Pesquisa de Mídia.
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