Futuro dos robôs tem tudo para ser brilhante
MILTON – Ethevaldo, hoje é sexta-feira, dia de falarmos sobre o futuro. Você prometeu falar sobre o futuro dos robôs. Como será esse futuro?
ETHEVALDO – Será um futuro brilhante. Os robôs se tornam cada dia mais hábeis, mais talentosos e mais inteligentes. Vamos mostrar essa evolução em dois momentos, tomando como exemplo os robôs que jogam futebol, Milton.
O primeiro momento dessa evolução é o presente, que poderemos conhecer de perto na RoboCopa 2014, que será realizada daqui um mês, depois da Copa da FIFA, em João Pessoa, de 19 a 25 de julho. Nessa Copa, sinto dizer, os robôs ainda podem parece trôpegos, inábeis, desajeitados e engraçados.
A evolução dos robôs futebolistas, com sensores, visão e audição artificial tem sido muito rápida. Algumas das maiores universidades do mundo, como MIT, Harvard e, em especial, a Universidade da Pensilvânia, já desenvolvem seus projetos nessa área.
MILTON – E o segundo momento dessa evolução quando será?
ETHEVALDO: Teremos outro cenário muito mais avançado daqui a 25 ou 30 anos, Milton. Será na RoboCopa de 2040, quando os robôs terão muito mais habilidade e poderão empolgar multidões.
O professor Daniel Lee, da Universidade da Pensilvânia, prevê que daqui a 20 anos, talvez possamos desenvolver uma equipe de robôs capaz de jogar contra as melhores equipes humanas do Mundial. Os robôs poderão até chutar com maior precisão do que a maioria dos jogadores humanos, e talvez sejam capazes de driblar.
O professor Daniel Lee virá ao Brasil participar da RoboCopa em julho, Milton.
MILTON – Quando surgiu esse projeto de robôs jogadores de futebol?
ETHEVALDO – A ideia nasceu no Japão, em 1996, no meio acadêmico, por iniciativa do dr. Hiroaki Kitano, um pesquisador da área de Inteligência Artificial, que se tornou o fundador e primeiro presidente daquela que poderíamos chamar de FIFA Robótica, a RoboCup Federation – ou seja, a Federação da Copa dos Robôs.
Escritor, consultor e jornalista especializado em novas tecnologias. É colaborador da revista Época e comentarista da Rádio CBN. Ethevaldo cobre o setor tecnológico ligado à comunicação há mais de 40 anos entrevistando cientistas, participando de congressos internacionais e visitando exposições, laboratórios e universidades.
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