HB 111: Precisamos rever as bases dessas promessas
Diante do revés sofrido com a dissolução da Sociedade Protetora do Imigrante Alemão para o Brasil, Dr. Blumenau mudou de estratégia. E conseguiu junto ao Presidente da Província, Antero de Britto, permissão para instalar-se às margens do Rio Itajaí. Do Desterro mandou instruções ao sócio, Fernando Hackradt, que havia ficado às margens do ribeirão da Velha. Seguiu para a corte, no Rio de Janeiro, com a intenção de renovar, junto ao Governo Imperial, o pedido das concessões que, na Província, lhe tinham sido negadas. E lá sugeriu medidas indispensáveis à intensificação da emigração alemã para o Brasil.
Como era do seu feito enumerou, numa exposição franca e sem rodeios, as providências erradas do governo, que deveriam ser revogadas. Da mesma forma, enumerou outras providências sem as quais era impossível tentar sequer a propaganda, quanto mais o aliciamento de colonos de sua pátria para o Brasil. Ficou nas promessas dos ministros das respectivas áreas. Mas como era um otimista por natureza, bastaram essas promessas para animá-lo a regressar à Alemanha. Lá buscaria elementos para a fundação da sua colônia, em companhia com Fernando Hackradt.
Precisamos rever a base dessas promessas. As autoridades a que submeteu os seus planos e entregara os memoriais, asseguraram-lhe que Sua Majestade o Imperador recebera com muita simpatia e carinho, as sugestões; que se dispunha a examinar o assunto com cuidado para deferir as pretensões do Dr. Blumenau em tudo quanto fosse possível. Seu embarque para Hamburgo deu-se em setembro e a chegada aconteceu em novembro. É claro que foi muito bem recebido. A começar pela família, da qual estava afastado havia dois. Nos meios oficiais era recebido com um misto de admiração, curiosidade, e estupefação. Havia os que agilizavam o andamento dos assuntos, numa clara manifestação de solidariedade e colaboração.
A seguir: a primeira publicação, com propaganda do sul do Brasil, sacudiu a concorrência de outros agentes da colonização na Alemanha.
Radialista, jornalista, publicitário, professor e pesquisador é Mestre em Administração pela UDESC – Universidade do Estado de SC: para as áreas de marketing e comunicação mercadológica. Desde 1995 se dedica à pesquisa dos meios de comunicação em Santa Catarina. Criador, editor e primeiro presidente é conselheiro nato do Instituto Caros Ouvintes de Estudo e Pesquisa de Mídia.
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