HB 114: a epidemia de febre amarela grassara com violência
Dr. Blumenau conseguiu, em suas andanças pela Alemanha, encontrar dezesseis patrícios, que se dispuseram a acompanhá-lo ao Brasil. Não foi tarefa simples. Exigiu-lhe muitos esforços e muita canseira. Além deles contava com o sobrinho Reinoldo Gaertner, sobrinho que acabou por se transformar em valioso auxiliar nos primeiros tampos da colônia. Como não havia representante da colônia na Alemanha, acertou com o sobrinho para conduzir esses dezesseis emigrantes. Caberia a ele providenciar o embarque para Santa Catarina, funcionando como um Gerente de transporte ao longo da travessia marítima. Ficou com o mínimo de informações para solução aos eventuais problemas durante viagem. Isto feito, Dr. Blumenau deixou Hamburgo com destino ao Brasil.
Eis o seu relato da viagem de retorno, em carta a um amigo: “no mês de março de mil oitocentos e cinqüenta, parti de Hamburgo e depois de uma péssima viagem de oitenta e quatro dias, o nosso navio chegou ao Rio de Janeiro com um dos mastros quebrado. A epidemia de febre amarela, que grassára com violência, estava diminuindo de intensidade. Durante a viagem cuidei bem das plantas, sementes e bulhos que você me deu e de duzentas e cinqüenta roseiras que eu tinha comprado e das quais dois terços secaram, ou brotaram durante a viagem. Ao norte do Equador ficamos parados por quatro semanas por falta de vento. A água potável começou a minguar e era distribuída em rações calculadas, com cuidado.
A seguir: os problemas dessa viagem continuaram como veremos no próximo capítulo. Até lá!
Radialista, jornalista, publicitário, professor e pesquisador é Mestre em Administração pela UDESC – Universidade do Estado de SC: para as áreas de marketing e comunicação mercadológica. Desde 1995 se dedica à pesquisa dos meios de comunicação em Santa Catarina. Criador, editor e primeiro presidente é conselheiro nato do Instituto Caros Ouvintes de Estudo e Pesquisa de Mídia.
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