IBM cria chip baseado nos neurônios dos cérebros humanos
MILTON – Bom dia, Ethevaldo, como vai?
ETHEVALDO: Bom dia, Milton, bom dia, ouvintes. Tudo ótimo.
MILTON – Ethevaldo, na sua opinião, qual é o maior avanço em microeletrônica da atualidade?
ETHEVALDO – É o anúncio do chip que tem o nome poético de TrueNorth, ou Norte Verdadeiro, baseado na arquitetura dos neurônios do cérebro humano, e que foi desenvolvido por pesquisadores da IBM.
MILTON – E o que faz de especial esse chip?
ETHEVALDO: Ele pode superar até supercomputadores em cálculos complexos. Imagine, Milton, que esse chip tem 5,4 bilhões de transistores interconectados, formando uma estrutura semelhante à das redes neurais do cérebro.
MILTON – Mas um chip com esse número de transistores não consumiria energia demais?
ETHEVALDO: Eu também pensei nisso, Milton. Mas o novo chip é exatamente o oposto do que se supunha: ele economiza muito mais do que os chips atualmente no mercado.
Os cientistas que trabalharam nesse projeto explicam que, embora tenha 5,4 bilhões de transistores, o chip TrueNorth consome apenas 70 miliwatts de energia, o que contrasta com um chip da Intel com 1,4 bilhão de transistores que devora de 35 a 140 watts.
MILTON – Em que aplicações poderá ser utilizado esse novo chip.
ETHEVALDO: Seu uso poderá ocorrer numa infinidade de aplicações, Milton, mas as de maior impacto econômico e serão nas áreas de supercomputadores destinados à pesquisa científica e aos estudos de meteorologia.
MILTON – Até amanhã.
Escritor, consultor e jornalista especializado em novas tecnologias. É colaborador da revista Época e comentarista da Rádio CBN. Ethevaldo cobre o setor tecnológico ligado à comunicação há mais de 40 anos entrevistando cientistas, participando de congressos internacionais e visitando exposições, laboratórios e universidades.
Deixe uma resposta
Gostaria de deixar um comentário?Contribua!