Luiz Antônio Soares, irrequieto, instigante, obstinado
Corro o risco de ser amaldiçoa, xingado e destituído do meu título de amigo do Luiz Antônio Soares por conta dos adjetivos do título desta matéria, mas como soube que ele está adoentado – ouso provocá-lo para dizer que nós – Zé Pfau, Osmar Laschewitz e eu – e mais todos os seus amigos estamos torcendo pela sua recuperação. Com sei muito pouco sobre sua vida profissional, recorri ao Pfau e ao Osmar para fazer este breve registro lembrando que, além do que você vai ler um bom retrato do Luiz Antônio está em seu livro “Fatos e Relatos Pitorescos” (Ed. Odorizzi, 2003). Reproduzo a seguir as anotações do contato com o Pfau e Osmar. O jornalista, escritor e empresário de comunicação Luiz Antônio Soares começou sua vida profissional de imprensa no jornal A Nação dos Diários Associados, colaborou com o semanário O Lume de Honorato Tomelin, foi editor do Jornal A Cidade, fundado pelo Jean Rabe, posteriormente adquirido pela A Notícia de Joinville, depois ele atuou no grupo Coligadas, TV e Jornal de Santa Catarina.
Deixou de atuar na imprensa pra se tornar proprietário da Scata Painéis, empresa que ele comprou de Nagib Barbieri e mais tarde vendeu pro grupo nacional Pereira de Souza.
Em seguida voltou ao jornalismo com um programa de entrevistas na TV Galega, apresentado por ele por pouco tempo.
Com o advento da internet retornou ao meio jornalístico, criando um blog de notícias sobre Santa Catarina.
Idealista e contestador como sempre, alegando falta de apoio dos empresários, precocemente descontinuou o seu projeto.
Então desiludido, Luiz Antônio Soares, o grande Quixote da imprensa e da política de Blumenau, deixou de lutar contra os seus moinhos de vento e sua mente talentosa e pertinaz hoje vive outras verdades da vida.
Reflexões de 1997
Luiz Antônio Soares
Guardo com muita honra, por outro lado, alguns registros importantes de minha atuação no rádio e na televisão. Fazem parte dessas reminiscências, por exemplo, “O Clube do estudante” e o “Cigarro de palha em alta fidelidade” que eu apresentava cheio de entusiasmo na saudosa Difusora. O “Censura livre”, apresentado com o meu colega Danilo Gomes na Rádio Blumenau, com o desfilar diário de grandes entrevistados, o “Sem censura”, da nossa aguerrida TV Cultura, de Florianópolis, onde pude entrevistar gente importante como, por exemplo, o então secretário de Segurança do estado de São Paulo, coronel Erasmo Dias, que deixou registrados ali – e olhem que isso já faz alguns anos – os três maiores problemas do Brasil, dando uma resposta que permanece atualizada até hoje.
Os três problemas? Segundo ele, o menor, o menor e o menor…
Não posso esquecer de citar a FM-Tropical. Afinal, com muito mato e muita chuva por testemunhas, tive a honra de coordenar, com o apoio técnico do Jéder Reinert, a entrada no ar, naquela madrugada saudosa de 2 de setembro de 1984, da primeira emissora do Vale do Itajaí em freqüência modulada, da qual fui co-fundador e primeiro diretor.
Radialista, jornalista, publicitário, professor e pesquisador é Mestre em Administração pela UDESC – Universidade do Estado de SC: para as áreas de marketing e comunicação mercadológica. Desde 1995 se dedica à pesquisa dos meios de comunicação em Santa Catarina. Criador, editor e primeiro presidente é conselheiro nato do Instituto Caros Ouvintes de Estudo e Pesquisa de Mídia.
Trabalhei sob o comando de Luiz Antônio Soares, contestador desde sua juventude ainda fazendo seu currículo escolar. Foi meu Diretor no Jornal CIDADE DE BLUMENAU. A esse respeito grande chefe Antunes Severo, para que a história não seja distorcida: o jornal pertencia ao Grupo de A NOTICIA e em 1972 foi adquirido pelo empresário Jan Rabe que ao mesmo tempo comprou a então Rádio Alvorada. Eu era o redator de esportes do jornal e saindo da Rádio Nereu Ramos fui contratado como diretor e locutor esportivo da Rádio Alvorada onde permaneci de Junho a Dezembro de 1972 quando me transferí para a Jovem Pan aqui em São Paulo. Luiz Antônio Soarez foi brilhante no texto, no comando e em suas reinvindicações sempre.
Edemar Annuseck
São Paulo – SP
Verdadeiro gigante dos que se eternizam diante da mediocridade de uma época infeliz. Não tive o privilégio de ter qualquer tipo relacionamento pessoal ou com Luiz Antonio Soares, porém o considero entre os nossos muito poucos gigantes.