O carro dos sonhos
“Chegue freguesia. É o carro dos sonhos que esta passando. Sonhos de doce de leite, sonhos de goiabada, sonhos de chocolate. É o carro dos sonhos que esta passando”.
O texto é repetido exaustivamente, todos os dias em vários bairros de Curitiba. Uma camionete velha, com alto-falante pendurado no teto, percorre os bairros repetindo, sempre; “é o carro dos sonhos que está passando. Sonhos de chocolate, de goiabada, doce de leite. É o carro dos sonhos que esta passando, freguesia”.
Começou com um carro num bairro distante da capital paranaense. Hoje são muitos em vários bairros, repetindo o mesmo texto e vendendo como nunca. O “Carro dos Sonhos” já é conhecido em toda a cidade de Curitiba, ganhou reportagem em alguns veículos de comunicação e desponta como um pequeno negócio que deu certo.
A propaganda é feita unicamente no alto-falante do carro, de onde sai uma voz clara, de um “locutor” amador que mais parece o dono dos sonhos anunciando seu produto. O sucesso do negócio pode ser atribuído a forma de anunciar o produto. Repete o mesmo texto há muito tempo. É um bom exemplo para alguns anunciantes que ao utilizarem o rádio para divulgar seus produtos, demonstram impaciência e cobram resultados já nos primeiros anúncios.
O rádio, como o alto-falante do Carro dos Sonhos, precisa de um pouco mais de tempo para fixar uma marca ou produto. Quem não se lembra (só os mais jovens, não) do “Melhoral, melhoral, é melhor e não faz mal”; “Pílulas de Vida do Doutor Ross, fazem bem ao fígado de todos nós”, “Rim doente? Tome Urodonal e viva contente”. Foram campanhas publicitárias feitas no rádio com excelentes resultados.
A repetição de uma boa frase, num jingle ou no texto lido pelo locutor do horário, sempre deu bons resultados. Que o digam, experientes radialistas como Antunes Severo, Souza Miranda, Ciro Barreto e tantos outros profissionais que tiveram atuação destacada nos anos dourados do rádio.
Radialista e jornalista e foi apresentador noticiarista de rádio e televisão em emissoras de Curitiba e Florianópolis. É autor dos livros Pequena História de Grandes Talentos contando os primeiros passos da TV no Paraná e Sintonia Fina – histórias do Rádio. Jamur foi um dos precursores do telejornalismo em Curitiba.
leio tudo o que é publicado por jamur junior , através dos caros ouvintes que me abriu as portas para falar desta pessoa maravilhosa.e dar a minha opinião sobre tudo o que leio e que procuro na internet sobre este jornalista amado por tantas pessoas.
quero agradecer ao senhor Atunes Severo ,por esta oportunidade de poder sempre falar de jamur junior ,através do caros ouvintes.
A propaganda, a vida, o mundo – tudo fica melhor com poesia, e o carro dos Sonhos é um exemplo. Parabéns pela sensibilidade da matéria. JP
Essa é a pior forma de propaganda.
Ficar infernizando a vida dos moradores com alto falante… isso é um absurdo total e uma falta de consideracao.
Ja pensou se todo mundo fosse tao mal educado e imbecil como esse carro do sonho ? Nao teriamos espaco para nossos ouvidos com tanto carro de som passando.
Olha o carro da geladeira
Olha o carro da carne
Olha o carro da maça
Olha o carro da moto
Olha o carro farinha
Olha o carro do portao eletronico
Olha o carro do supermercado
…
Concordo plenamente com o que vc diz acima, estou simplismente indignada com esse “tal negócio”” esses vendedores chatos pertubam muito, certo dia contei só no período da tarde, 15 vezes que passou na frente da minha casa e ainda por outras vezes parou, …ora se ja passou e ninguém comprou nas próxima 14 vezes alguém irá comprar??note que de umas semanas pra cá estes infernizantes carros estão passando também no período noturno, já os ouvi as 21:45h pode? onde estão nossos governates qua não vêem essa pertubação, e sem contar com descaso da saúde púplica. Estou mobilizando muita gente em favor de mover uma ação contra isso. Tenho ligado pra prefeitura e informado horarios em que passam aqui, também estou tirando fotos datadas … Posso não conseguir nada, Mas comprar não compro e não aceito essa falta de respeito, pois todos pagamos nossos impostos.
Lilia