O fim do Correio Lageano
Soube na sexta-feira (15/5), pelo Cesar Valente, que o Correio Lageano encerrou suas atividades. depois de 80 anos de circulação.
A informação me causou espanto e, ao mesmo tempo, imensa tristeza. Conheci o jornal em 1999, quando completou 60 anos de fundação. Fui contratado pelo amigo e empresário Osmar Schlindwein, representante do Correio em Florianópolis, para escrever e editar o caderno especial comemorativo.
Passei alguns dias em Lages, terra de muitos afetos familiares, onde meus avós maternos Carlos Werner e Amélia Deschamps Schmitt casaram-se em 1922. Recuperar a história do jornal foi um desafio fascinante, tendo sempre como fonte central a figura de José Pachoal Baggio (1921-2001), proprietário da publicação desde 1951.
O Correio começou como jornal semanal em 1939, passou a bissemanal em 1955, depois trissemanal e, finalmente, diário a partir de 1967. Em 1990, Baggio adquiriu uma rotativa (na foto, com ele conferindo a impressão do jornal, registro meu, de maio de 1999). A publicação ganhou mais força, qualidade e visibilidade, tornando-se uma referência regional para o Estado.
Desde a morte do proprietário, o Correio passou a ser dirigido pela filha dele, Isabel Baggio, que anunciou na sexta-feira o fim de todas as operações do tradicional jornal, que publicou minha coluna política entre 1999 e 2001.
Carlos Damião é jornalista e poeta e atualmente tem o blog https://carlosdamiao.wordpress.com/ onde fala sobre o cotidiano da Grande Florianópolis. Como radialista atuou até recentemente com apresentador de programas jornalísticos nas rádio Guarujá e Record Santa Catarina de Florianópolis.
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