O polêmico diploma de jornalista
Deixa eu aproveitar e dar o meu pitaco sobre a polêmica da não obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista.
Silvio Santos, o maior comunicador do Brasil, não fez nenhuma faculdade. Eu fiz faculdade sim, mas não aprendi comunicação lá. Aprendi de verdade depois, no meu dia-a-dia. Não é uma universidade que torna a pessoa apta à função. Não é um papel timbrado entregue depois de sua formatura que comprova que você vai fazer um bom trabalho em um veículo de comunicação.
O Supremo Tribunal Federal baseou sua decisão na exclusão, que estava acontecendo, de bons profissionais do mercado, por não terem diploma. Tenho muitos amigos que trabalham em rádio e TV que não tem curso superior e são melhores que muitos recém-formados. Por isso que não escolho as pessoas para trabalhar comigo por sua formação acadêmica, mas sim pelo seu talento e determinação.
Não que o curso superior não seja importante. É sim, e muito, mas em algumas profissões, como a de jornalista, não é o fator determinante. A partir de agora as empresas de comunicação estão livres para contratar quem está realmente apto para a vaga, não somente aqueles que terminaram uma faculdade. Se você for um bom profissional e tiver concluído o curso de jornalismo, melhor ainda.
E se você está cursando jornalismo e quiser parar os estudos agora só por causa da nova lei, você nunca será um bom profissional. Essa atitude comprova que você estava cursando somente para receber um título e não para aprender uma profissão. Continue estudando, e estude mais ainda, porque é o mercado agora é que vai selecionar os bons jornalistas, não somente seu diploma.
O autor é publicitário, especialista em Rádio e TV, autor do livro “Você Nunca Ouviu Nada Igual”. Blog: http://vocenuncaouviunadaigual.blogspot.com
Formado em comunicação social e propaganda e tem pós graduação em novas mídias, rádio e TV pela FURB – Fundação Universidade Regional de Blumenau. É locutor, redator e produtor de áudio para TV e Rádio, publicitário e professor. Autor do livro “Você nunca ouviu nada igual, publicado em 2008.
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