O velho e bom jornal impresso e a companheirona rádio AM
Segundo um estudo da empresa de consultoria Pricewaterhouse Coopers os jornais impressos têm preferência dos leitores quando defrontados com a versão online.
Foram ouvidas 4,9 mil pessoas de sete países. Cerca de 60% dos leitores, entre 16 a 29 anos preferem ter os jornais em mãos ao invés das edições digitais. Esta preferência é mais acentuada entre os leitores com idade acima dos 50 anos. Nesta faixa etária, a preferência pela edição impressa supera os 73%.
A pesquisa foi realizada nos EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda e Suíça, mas pode estar muito próxima da realidade brasileira também.
É claro que leio noticias pela internet e a consulto diariamente. Mas ainda prefiro a consistência do jornal impresso, o ritual de seu manuseio, a escolha das noticias e o contato com seus editoriais. É claro também que as novas gerações tendem a preferir a internet se os jornais impressos não criarem novos atrativos para formar novos leitores.
Esta informação me remete ao Rádio AM que, como o jornal impresso de hoje, já teve seu fim anunciado diversas vezes. Primeiro, quando veio a televisão. Depois com a chegada da FM e agora com a internet.
Se fosse feita uma pesquisa como essa sobre o meio rádio, tenho certeza que as rádios em AM, ganhariam com grande vantagem sobre os outros formatos. O rádio AM, por sua história e tradição é mais consistente. Seus programas têm mais conteúdo, seus comunicadores são mais envolventes, é aonde o ouvinte interage livremente, sem as amarras e restrições dos outros formatos. Outra vantagem do AM é sua característica mais humana, próxima da nossa realidade.
Na verdade há certo desprezo pelo rádio AM, como se fosse um veículo menor, inferior e assim é tratado, inclusive pelos radiodifusores que alegam custos altos, som ruim e tecnologia ultrapassada. Muitos comunicadores também acham isso e as fábricas de receptores também.
Com o advento do Rádio Digital criou-se uma expectativa positiva, de que rádio em AM teria mais alcance e a qualidade de FM. Expectativa frustrada, pelo menos até agora.
Creio que será preciso um freio de arrumação para recolocar o rádio AM em seu lugar. Uma parceria entre comunicadores, radiodifusores, agências de propaganda e especialistas em marketing.
Como uma FÊNIX, o rádio AM vai renascer, com a força de sempre, para continuar encantando os ouvintes de todo país e de todas as idades, sem preconceito.
Criou-se ouvindo rádio até que em 1964 ingressou como locutor nas rádios Difusora e Cultura dos Diários e Emissoras Associados. Foi coordenador das rádios Piratininga, América, 9 de Julho e Transamérica de São Paulo. Em Salvador/BA coordenou a Rádio Cidade de Salvador. Especialista em marketing político no rádio e produtor executivo.
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