Papo Livre – 71
Em 1991 a Copa América foi realizada no Chile. Aproveitando o embalo do ano anterior quando apresentamos de Turim e Roma o programa “O OUTRO LADO DA COPA”, Léo Pereira e eu fomos ao Chile agregados à equipe de Lombardi Júnior, para fazer trabalho idêntico ao que fora feito na Itália. Acompanhando a “Equipe Positiva”, comandada por Lombardi, foram alguns empresários de Curitiba e entre eles José Senter que se revelou um excelente companheiro de viagem. Sempre alegre, gozador, Senter se deliciava em surpreender a gente com pegadinhas que levavam toda turma às gargalhadas quando alguém caía nelas. E o Senter era o que mais ria.
Diversos componentes da equipe, vítimas das suas pegadinhas, tentaram dar o troco, mas ele, sempre arisco, mantinha-se invicto. Estávamos em Viña del Mar, cidade sede da seleção brasileira. Um dia, Senter, Léo Pereira, o empresário e árbitro de futebol José Marcondes e eu, fomos conhecer a cidade portuária de Valparaiso. Fomos num táxi, ficando o Senter no banco da frente, ao lado do chofer. Papo furado, brincadeiras, gozações pelo caminho todo, e as indefectíveis pegadinhas do Senter. O taxista nada falava, mas ria conosco, e o passeio estava muito divertido. Em dado momento passamos perto de uma casa calcinada por um incêndio recente. Foi quando o chofer, muito sério, misturando português com castelhano, perguntou ao Senter:
– Señor, en Brasil, como usteds… como vocês chamam los hombres que apagam el fuego en incendios?
– Bombeiros, respondeu o Senter prontamente.
E indagou curioso:
– E aqui no Chile, como vocês chamam?
E respondeu o taxista:
– Acá, nosotros costumbramos chamar por el teléfono!
Aí, caímos no pelo do Senter. O chofer chileno vingou-se por nós e dessa vez o Senter dançou.
Este nosso Papo Livre é reproduzido no site www.carosouvintes.org.br do meu amigo Antunes Severo, e a minha coleção de causos está no livro “O Rádio do Paraná – Fragmentos de sua História”, à venda nas principais livrarias e na Editora Instituto Memória – Telefone 3352-366
Radialista, publicitário e escritor começou sua carreira profissional na Rádio Marumby fazendo locução e apresentação de programas de estúdio e auditório. Na Rádio Clube Paranaense chegou à direção geral. Dedica-se atualmente à agência Santa Lúcia Propaganda da qual é sócio-fundador desde 1968.
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