Papo Livre – 75
Hoje eu vou contar como foi o teste para cantor feito por Aluízio Finzetto. Ele me assegurou a veracidade. O sonho do Aluízio era ser cantor de Rádio. Um dia ele conseguiu um teste na Rádio Clube Paranaense. Os veteranos o receberam com muita cordialidade, colocaram-no em frente a um aparelho suspenso no teto e um deles disse: “Olha, isto é um microfone. Você fica bem perto dele. Quando eu ligar e der o sinal, você começa a cantar e vai até o final, sem parar”. Dito isso, o veterano se abaixou, ligou o cabo numa tomada e deu o sinal.
Nervosamente, o Aluízio começou a cantar. A cantar e a suar. E com muito sacrifício suportou até o final da música. Ao terminar, rosto afogueado, transpirando muito, o Aluízio disse:
– Puxa! Como esquenta esse negócio!
A gargalhada foi geral! Fora um trote. O Aluízio havia cantado em frente a um antigo aquecedor elétrico, cujo formato se assemelhava aos velhos microfones daqueles tempos.
Este nosso Papo Livre é reproduzido no site www.carosouvintes.org.br do meu amigo Antunes Severo, e a minha coleção de causos está no livro “O Rádio do Paraná – Fragmentos de sua História”. Informações a respeito na Editora Instituto Memória – Telefone (41) 3352-3661.
Radialista, publicitário e escritor começou sua carreira profissional na Rádio Marumby fazendo locução e apresentação de programas de estúdio e auditório. Na Rádio Clube Paranaense chegou à direção geral. Dedica-se atualmente à agência Santa Lúcia Propaganda da qual é sócio-fundador desde 1968.
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