Rádio, o poderoso veículo de comunicação
Nesta semana comemora-se o Dia do Radialista e o Dia do Rádio. Transparente como a verdade o rádio divulga, denuncia, intermedia questões, advoga, medica, consola, apazigua, lamenta, canta, ri, diverte, chora, anuncia a vida e a morte, apregoa e transmite todas as possíveis emoções do temperamento, as reflexões compassivas e as mais ardentes sensações do espírito. Enfim, o rádio informa.
Por Regina Assêncio*
Lendo material sobre o assunto descobrimos que no final da década de 1930, muito antes da chegada da televisão no Brasil, o rádio era a força maior da comunicação. Naquele ano de 1939 o escritor Berilo Neves disse: o rádio é a onipotência feita som. Outrora os deuses falavam aos homens do alto temeroso dos céus. Jeová, o Deus dos judeus e dos cristãos falava, segundo a Bíblia, através do trovão ou do rumor das brisas. Hoje, se o Criador viesse de novo ao mundo, não falaria do alto de uma nuvem ou do ronco medonho do trovão: falaria ao microfone! Sessenta anos se passaram.
Neste intervalo apareceram a televisão, o vídeo-cassete, o DVD, o celular, o computador e a Internet. O mundo tornou-se globalizado, mas estas conquistas tecnológicas não foram nem serão capazes de retirar o rádio de seu patamar de importância. Poderoso e eficiente veículo de comunicação de massa, o rádio se mantém no gosto do povo como seu principal defensor, seu informador imediato.
Através do rádio o povo clama seus direitos, expressa suas paixões, reivindica, critica, opina a favor ou contra, lastima suas dores e levanta suas esperanças. Em muitas ocasiões o rádio é a única via de solução dos problemas das comunidades. Sem intermediários, sem burocracia, apadrinhamentos ou preconceitos.
Transparente como a verdade, divulga, denuncia, intermedia questões, advoga, medica, consola, apazigua, lamenta, canta, ri, diverte, chora, anuncia a vida e a morte, apregoa e transmite todas as possíveis emoções do temperamento, as reflexões compassivas e as mais ardentes sensações do espírito. Enfim, o rádio informa.
Com certeza não há coisas mais parecida com a alma humana do que o rádio. Já dizia o catedrático professor Juarez Leitão, destacável durante sua passagem pela Câmara Municipal de Fortaleza. O Brasil entrou na Era da Radiodifusão em 1923 quando Roquete Pinto fundou a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. No Ceará a radiofonia começou oficialmente no dia 30 de maio de 1934 quando o pioneiro João Dummar iniciou as atividades da Ceará Rádio Clube, a PRE-9.
Os microfones não apenas transmitiam informações e músicas, como lançavam uma nova geração de artistas e locutores, produtores e noticiaristas, dando a Fortaleza o instrumento necessário aos seus primeiros passos na direção de uma sociedade do espetáculo, onde todos poderiam exibir-se e serem democraticamente ouvidos.
O rádio haveria de projetar muitos nomes da chamada nova inteligência cearense como o José Limaverde, que passaria a profissão para os filhos Narcélio e Paulo; os irmãos Cabral de Araújo (José e Paulo); Lauro Maia, Paulo Pamplona, Luiz Assunção, Heitor Costa Lima, Luzanira Cabral, Eduardo Campos, João Ramos, Guilherme Neto, Augusto Borges, José Jatahy, Armando Vasconcelos, Irapuan Lima, dentre outros. Empunhando o microfone, Paulo Cabral se elegeu Prefeito de Fortaleza, o mais jovem do Brasil, numa campanha de poucos dias.
Os mesmos microfones que mobilizaram a população para construir a moderna Maternidade-Escola Assis Chateaubriand e promoveram outras importantes campanhas sociais, levaram para o Parlamento muitos de seus locutores; é a força do rádio. Deste modo, o Dia 21 de Setembro torna-se efetivo e personificado pela presença de suas lideranças políticas, representantes de uma categoria profissional que tem honrado e dignificado as comunicações do Ceará. Isso explica, em parte, o bem-querer da população aos seus comunicadores. Tudo somado ao carisma pessoal de cada radialista. Parabéns aos profissionais pelo Dia do Radialista.
*Regina Assêncio é vereadora de Fortaleza e articulista do site www.noolhar.com
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Gostaria de saber aonder se encontra a artista Itála Ney que era novelista nos anos 60.