Saudade não tem idade
Este era o título de um programa de rádio apresentado por Sérgio Fraga em Curitiba, no tempo em que era possível circular de carro por quase todas as ruas da cidade com a janela aberta e também de ônibus sem medo.
Um tempo que deixou saudade. Saudade é uma das melhores coisas da vida. Faz retornar à nossa mente momentos inesquecíveis da infância, do início da carreira, dos bons amigos, da cidade tranquila onde a gente cresceu pensando que ela seria sempre assim.
A maior das saudade, é dos velhos e bons amigos. Daqueles que já partiram e deixaram a gente no vazio, sabendo que nunca mais vamos vê-los e daqueles que ainda estão por aqui mas, é difícil localizar e encontrar para um forte abraço.
De todas as minhas saudades, a dos amigos é a mais forte.
Muitos desses amigos estiveram ou estão em Florianópolis. Um time de gente maravilhosa que desperta saudade dos tempos do rádio, quando a gente ouvia suas vozes com aquele sotaque cantadinho, uma das características mais fortes no jeito de falar e conquistar amigos. O cantadinho que se ouvia no rádio era o mesmo que escapava das conversas no café, no Mercado Municipal, nos bares e restaurantes da Ilha da Magia.
Hoje é difícil ouvir no rádio o tradicional sotaque do Manézinho da Ilha. Nas ruas, bares e no café ainda é possível, com ouvido atento, ouvir a conversa musical que identifica o morador desta bela e acolhedora cidade. Ficamos na saudade. O que fazer?
Radialista e jornalista e foi apresentador noticiarista de rádio e televisão em emissoras de Curitiba e Florianópolis. É autor dos livros Pequena História de Grandes Talentos contando os primeiros passos da TV no Paraná e Sintonia Fina – histórias do Rádio. Jamur foi um dos precursores do telejornalismo em Curitiba.
Ola jamur qual seu contato?