Terei saudade da vida? Parte 4
Em recente pesquisa constatou-se que 12% das violências praticadas contra idosos acontecem no próprio lar. Só foram contadas as agressões físicas, não se levando em conta os xingamentos, os descasos e as ofensas morais. O governo editou um Estatuto do Idoso, que mais parece uma farsa bem engendrada. Eu gostaria que houvesse uma espécie de “estatuto dos idosos” no coração de nossos semelhantes. E nada mais. Então, é hora de ensinar essa matéria nas escolas primárias e, até, nos jardins de infância.
Meus queridos amigos idosos, não se aposentem para a vida.
Amem os filhos e os netos, e os bisnetos, mas não se prendam em demasia a eles. Cada um com sua vida. E vivam a vida com alegria. “Não se entregue à tristeza, pois a alegria do homem torna mais longa a sua vida” (Eclesiástico, 30,23).
Freqüentem os bailes, dancem, brinquem e divirtam-se. Viajem bastante, não percam as oportunidades de conhecer novos lugares e novas coisas. Se possível, freqüentem um curso nas faculdades. Façam palavras cruzadas, aprendam a usar um computador, mandemos seus e-mails, façam amizades virtuais, inscrevam-se numa academia de ginástica, participem dos grupos de Idosos do seu bairro. Seja um voluntário e trabalhe, por algumas horas, nas pastorais da paróquia, na sua igreja seja ela qual for. Dêem tratos à cabeça. Mas não se entreguem de forma alguma. Nada de cadeira de balanço o dia todo e nem colocar pijama pra passar o dia.
Velho é quem se diz velho; quem pensa que é velho. Viva a vida que Deus lhe concede amando-a intensamente a cada momento.
Arrume-se, perfume-se, sorria o dia todo, mande embora a tristeza; ame-se. Se eu não me amar, gente, quem vai me amar? Eu tenho que gostar de mim mesmo. Você não acha que tenho razão?
Quando surgirem as dificuldades e os percalços ore e apegue-se à leitura e às lições da bíblia. A oração, que nos dá força, é o canal que nos repassa a graça de Deus, todo misericórdia, através do Espírito Santo.
O que queremos nesta quadra da existência é apenas o respeito, a compreensão daqueles com quem convivemos. E quando chegarmos ao fim dos tempos saibamos enfrentar a irmã morte com serenidade, pois a vida é mera passagem; espero que tenhamos, então, alguém ao nosso lado, afagando nosso rosto e fechando nossos olhos, para passarmos à uma vida que não se acabará jamais.
Radialista, jornalista, publicitário, professor e pesquisador é Mestre em Administração pela UDESC – Universidade do Estado de SC: para as áreas de marketing e comunicação mercadológica. Desde 1995 se dedica à pesquisa dos meios de comunicação em Santa Catarina. Criador, editor e primeiro presidente é conselheiro nato do Instituto Caros Ouvintes de Estudo e Pesquisa de Mídia.
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