Tributo ao chefe escoteiro Paulo Roberto Guimarães
Você lembra, Paulinho como é que a gente se conheceu? Foi lá por 1966. Você era o chefe do Grupo Escoteiros do Mar, patrocinado pelo SESC. E nós tínhamos cinco pimpolhos que estavam descobrindo o mundo.
Isso está fazendo mais de 40 anos, Paulinho! O Gilberto ia completar sete anos, a Jacqueline seis, a Gisele cinco, a Giane três e a Jasmine dois anos. Os três primeiros freqüentavam o “Jardim do SESC”, aquele présinho que precedia o primeiro ano do ensino fundamental. Algumas das “tias” que cuidavam da garotada participavam do movimento escoteiro e então logo em seguida o Giba virou Lobinho, e a Jacque e a Gisele eram tão pequenininhas que mais pareciam um projeto de fadinha com aquele uniforme azul que dava uma bruta inveja em quem não tinha.
Começamos – a Preta e eu – a participar das reuniões do Conselho de Pais e fomos aos poucos nos entrosando. A gente estava feliz por encontrar no movimento escoteiro muito do que pregávamos no programa As Crianças se Divertem que a Preta escrevia e eu produzia. Em pouco tempo eu integrava a Comissão Executiva do Grupo Escoteiros do Mar com você e o Dr. Stemmer, aquele que depois foi Reitor da UFSC.
Lembro de uma reunião da Comissão Executiva e Conselho de Pais em que fomos nós três e mais uma meia dúzia de país – já era assim naquela época! – o assunto era levantar recursos para atender o crescente número de atividades do grupo. Isso foi no dia 31 de maio de 1969. Nessa reunião nós anunciamos a realização do Acampamento Regional a ser realizado aqui na Ilha em janeiro de 1970 com escoteiros de todo o Estado, o que era uma ousadia invulgar considerando-se os recursos mínimos que dispúnhamos e a magnitude dos recursos a serem mobilizados.
Felizmente contávamos com os conhecimentos técnicos de escotismo que você dominava e o seu reconhecido prestigio junto ao Paulo dos Reis, representante máximo do escotismo em Santa Catarina. Assim surgia o 7º Acampamento Regional dos Escoteiros de Santa Catarina e já em agosto de 1969 nós recebíamos a autorização para anunciar o evento.
A comissão executiva estava assim formada:
Chefe Paulo Roberto Guimarães, assistente para a área Sul do Comissário Regional da União dos Escoteiros do Brasil, responsável pelo credenciamento.
Publicitário Antunes Severo, diretor de Relações Públicas da Comissão Executiva do Grupo de Escoteiros do Mar Mariz e Barros, presidente da Comissão Central Organizadora do 7º Acampamento Regional dos Escoteiros de Santa Catarina.
Padre Edgard, orientador espiritual dos grupos escoteiros e bandeirantes mantidos pelo SESC, responsável e chefe da Comissão Executiva de Secretaria do 7º Acampamento.
Publicitário João Benjamim da Cruz Júnior, diretor de Planejamento da agência A.S. Propague, responsável pelo planejamento, criação e execução da campanha publicitária do evento.
O acampamento foi realizado de 24 a 31 de janeiro de 1970 nas terras do Lagoa Iate Clube, o LIC, na Ilha de Santa Catarina, como fazia questão de mencionar o Armando Gonzaga, então diretor geral do DEATUR – Departamento Autônomo de Turismo – e responsável pela implantação do LIC conforme o projeto feito por Oscar Niemeyer.
Foi nesse período de maio de 1969 ao final de janeiro de 1970 que eu aprendi com você Paulinho, algumas das mais valiosas lições de cavalheirismo, princípios éticos e seriedade no trabalho que continuam pautando a minha vida até hoje.
Por isso, meu caro amigo e fiel companheiro eu te dedico estas lembranças que vêm do mais profundo do meu coração e que hão de continuar para sempre não importando onde possamos estar.
Florianópolis, nove de janeiro de 2009.
Radialista, jornalista, publicitário, professor e pesquisador é Mestre em Administração pela UDESC – Universidade do Estado de SC: para as áreas de marketing e comunicação mercadológica. Desde 1995 se dedica à pesquisa dos meios de comunicação em Santa Catarina. Criador, editor e primeiro presidente é conselheiro nato do Instituto Caros Ouvintes de Estudo e Pesquisa de Mídia.
Agradecemos todas as manifestações de amizade,de carinho,boas recordações como às da reportagem acima,recebidas por ocasião da despedida do nosso querido Paulinho.Elas nos ajudam a confortar , nos ajudam a conviver com a dor da irreparável e prematura perda material.A vida seguirá e nosso querido irmão e amigo continuará trilhando espiritualmente conosco essa jornada.Lembraremos dele com saudade,mas,como ele quer,com muita alegria.Luiz Paulo Guimrães.
desparecerm todos os textos que escrevi sobre o grupo esoteiros do mar “Mariz e Barros”
Caro Eno, por gentileza leia e responda os emails que enviamos com orientação para podermos publicar suas contribuições.
Caro Antunes Severo e Caros Ouvintes
se acharem por bem e ou importante,cooperação da minha parte, sobre histórias do Escotismo do Mar,em Florianópolis,prefiro contato pessoal iniciado via celular 8416 7871,a qualquer dia,hora ou período.Alerto no entanto que o Guy-Luiz Carlos da Rosa Luz,é depositário fiel desse assunto.Portanto,foi o Episódio Paulinho o gatilho para importuna-los com meus artigos,que aliás não sei onde foram parar.Portanto usem sua paciencia e me poupem do dissabor do escravagismo do computador.Ainda valoriso o cara a cara.
Sempre Alerta Para Servir o Melhor Possível ENO JOSÉ TAVARES Chefe Feijão
Pois meu caro Eno, velho de guerra e conhecido desde os tempos da assessoria de comunicação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Era início de 1960, não? Pois bem, repito você venceu. A resposta aqui pelo site é um tributo à sua perseverança. Seus artigos estão salvos – embora você não goste – salvos na memória do computador. O tema escotismo é por demais valioso para mim que tive rápida passagem como Chefe, como responsável pelo Distrito Escoteiro de Florianópolis e como coordenador do Sétimo Acampamento Regional realizado em janeiro de 1970 onde hoje é o LIC – Lagoa Iate Clube, na Ilha de Santa Catarina. Então, caro amigo, os teus artigos estão reservados para uma seção que em breve deve estar criada no site do Instituto de Estudos de Mídia que deverá abrigar assuntos relativos à memória da cidade de Florianópolis. Abraço fraterno lembrando que o essencial “É o necessário, nada mais do que o necessário”. Sempre Alerta!
Já chega por enquanto,vou apoitar meu escaler e dormir que o frio já ameaça quebrar meus frágeis ossos,de escoteiro caquético.
Não vos deprecieis, mestre. Seus escritos estão reservados no baú de acervos do Caros Ouvintes. Escreva mais para: [email protected]
CARO MODERADOR
Solicito sua gentileza em fazer todo o trabalho de edição nos textos de minha autoria; eles podem ser “enxugados”, “revisados”, “formatados” e “editados”, para que sirvam para alguma coisa. SAPSMP fEIJÃO
Venerando Controlador,Mediador,Moderador
tenho quarenta revista da década de “30”do século XX,as quais trazem em todos os números,ricas e curiosas reportagens sobre rádio,artistas de rádio e assuntos correlatos.Por saber que o “rádio”é teu xodó,elas estão ao teu dispor.Apesar de quase cen anos de edição,elas estão em estado de novas,limpas e compreensíveis.Qués,qués,não qués didje,né istepori?
Sds
Eno
Venerável Guru
complementando o assunto revistas do século passado,dizer que todinhas trazem reportagens períódicas,semanalmente,com aquelas feras como Dercy Gonçalves,uma lontrinha n,Lamartine Babo,Noel Rosa,as Irmãs Batista,e enfim, toda aquela gente lendária.Vou andar muito ausente de casa esta semana,por favor responder através contato celular 8416 7871.É telefonar e ganhar,para quem sabe, montares uma biblioteca de valor histórico.Tá?É um brinde do Sal de…ENO(a qualquer hora do dia ou da noite).É a Revista “CARIOCA”Não é a Revista do RÁDIO…tem até a Emilinha Borba!Florianópolis naquela época, nem serviços de alto falante na Praça XV ,o Nereu Ramos não deixava. Então o negócio era pasquim,pão por Deus e fofoca,muita fofoca …eu ainda não era nascido…E tem até assuntos internacionais escoteiros…
Caro,
É uma contribuição valiosa e nós somos gratos.
Estou viajando e volto na próxima semana.
Qdo chegar ligo para combinarmos.
Abraço,
Blz Eno,
Ligo qdo voltar.
Gratíssimo,
Alerta Guru
vai e volta num” pé só”,pois as cinzas do vulcão chileno,quem diria,viriam acizentar nosso céu de primavera.Asseguro,que tais revistas vão te proporcionar belos momentos.Elas até se parecem com esses tablóides de bairro,por sua ingenuidade e cuidado com o” DIP DO GG”…Aqueles monstrinhos censuravam tudo menos os padres, mas, foi nessa época que o candomblé e a macumba foram exorcizados,fortalecendo ainda mais a fuga dos AFRO DESCENDENTES, para o que eram QUILOMBOS e agora viraram FAVELAS…O Rio de Janeiro pode se dar por feliz,pois aquí em Florianópolis,testemunhei também esse processo,nos,Morro da Caixa(Copa Lord),Morro do Mocotó e Morro da Mariquinha.E por que?Olhando de cima,a cidade de casario baixo,mostrava quando a repressão chegava e as emboscadas eram fáceis,pois conheciam o terreno.Hoje,a favela é reduto de um poder que ós políticos criaram,negando direitos iguais para brancos e pretos…Florianópolis também teve sorte,pois os chefes de morro e hoje os Chefes de Tráfico não se unem…caso contrário o cenário seria pior.Abs Eno
VENERÁVEL MODERADOR
Por acaso o Camping do Rio Vermelho ainda é do Movimento Escoteiro? Qual é a situação legal daquele patrimônio? A ganância e a grilagem que perseguiram Henrique Berenhausen quando lutava pela preservação daquelas áreas ainda perduram? Nos idos de 1950 era impensável o uso a qualquer título daquele paraiso que é parte do complexo Moçambique. Mas hoje estão com um empreendimento impressionante naquela região. Não seria bom, nós os das antigas, verificarmos o assunto? Não conheci Brown Sea, porém acredito que aquelas áreas do Rio Vermelho/Moçambique correm sérios riscos.