Um político bem humorado
São poucos os políticos que ao completar quase 30 anos de atividade na vida pública, mantém o mesmo padrão de humor e alegria de viver. Orlando Pessuti é um deles.
Vive em permanente estado de graça, rindo, fazendo brincadeiras com os amigos e quando dão chance, canta. Sabe como poucos dividir o tempo de responsabilidade, seriedade na condução dos interesses públicos com os momentos de alegria e prazer com amigos, assessores e correligionários.
Cinco vezes deputado estadual, presidente da Assembléia Legislativa, duas vezes vice-governador do Paraná, não mudou nada desde o primeiro dia em que chegou ao legislativo estadual.
Afável, atencioso e solidário, Orlando Pessuti tem por hábito não recusar convite para festas, reuniões e comemorações, onde estejam reunidos amigos, conhecidos e desconhecidos. Costuma tratar os amigos como parentes muito próximos e os conhecidos do momento, como amigos de velha data. Quando recebe notícia de que algum amigo baixou hospital, é um dos primeiros a fazer uma visita. Leva junto suas tiradas de bom humor e seu permanente entusiasmo pela vida. Ouvinte assíduo de rádio, decora com facilidade os sucessos do momento, especialmente musicas sertanejas que canta com entusiasmo e boa afinação. É um eterno animador, mesmo em situações difíceis.
Certa feita, um de seus assessores mais antigos, apresentou um quadro clínico preocupante e acabou numa mesa de cirurgia para tratar de um aneurisma na cabeça. Uma operação delicada que quase levou o bom Idevalter, para uma audiência com São Pedro. Teve parada cardíaca, chegou a ver uma luz branca num túnel, anjinhos tocando harpa, mas voltou. Quando abriu os olhos, com muita dificuldade, viu ao pé da cama, Orlando Pessuti com um largo sorriso .
– Sabe, Idevalter, estou vindo do sepultamento do deputado Mamede. Rezamos, cantamos e até aprendi uns hinos novos. Quer ouvir um deles?.
Abriu seus imensos braços e soltou o vozeirão no quarto do hospital.
“Segura na mão de Deus…..segura na mão de Deus, e vá. Se as águas do mar da vida querem te sufocar. Segura na mão de Deus, é vá…”
Radialista e jornalista e foi apresentador noticiarista de rádio e televisão em emissoras de Curitiba e Florianópolis. É autor dos livros Pequena História de Grandes Talentos contando os primeiros passos da TV no Paraná e Sintonia Fina – histórias do Rádio. Jamur foi um dos precursores do telejornalismo em Curitiba.
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