Uma palavra de despedida apenas: força
Alguém, alguma força teria de ajudar. Não suportava mais não ser amado. Não querendo perder nenhuma, segurava, por todos os meios, com todas as forças e artimanhas, a vida que procurou e que, aos poucos, ia desaparecendo em ambas as casas. Chorava. Não adiantava. Não aliviava. – Onde está, Deus…? Onde? Perdido de mim, perdido de todos, Deus não vê?, não ouve? No auge do desespero, passou a tratar mal todo o mundo. E foi perdendo empregos. Tinha que chegar a uma conclusão. E depressa. Ficaria louco, de uma hora para a outra. E Deus nada diz e nada mostra. As lágrimas continuam vindo. Tem que analisar esse antagonismo da razão e do sentimento. A correria tem que acabar. Livrar-se-á do peso – custe o que custar – daquilo que a sociedade chama de culpa. A culpa de ter amado errado. Ter errado com a razão e acertado com o coração, com o sentimento, sei lá o termo, a palavra… – Mas sou fraco. Deus não veio.
Radialista, jornalista, publicitário, professor e pesquisador é Mestre em Administração pela UDESC – Universidade do Estado de SC: para as áreas de marketing e comunicação mercadológica. Desde 1995 se dedica à pesquisa dos meios de comunicação em Santa Catarina. Criador, editor e primeiro presidente é conselheiro nato do Instituto Caros Ouvintes de Estudo e Pesquisa de Mídia.
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