Zigelli e a estória do excesso de comunistas
Adolfo Zigelli escreveu um único livro, resumindo crônicas de sua autoria lidas no programa “Vanguarda”, da Rádio Diário da Manhã. O título era “As Soluções Finais”. Nele, o saudoso radialista e jornalista joaçabense ironizava as medidas governamentais, principalmente as chamadas ‘Comissões Especiais”. Dizia que, quando alguém não quer resolver nada, nomeia uma comissão.
Por Aderbal Machado
Contou Zigelli naquele livro, a história de um dedo-duro da época dos governos militares. Vivia denunciando “comunistas”. Todos os dias ia ao 5º Distrito dedar “comunistas”. Até que, num belo dia de vento sul, o comandante mandou prendê-lo. E ele não entendeu. Frente a frente com o comandante, ele perguntou, estupefato: “Por quê?” E o comandante, não deixando dúvidas: “É que você conhece comunistas demais”.
Zigelli como Secretário de Imprensa de Konder Reis.
Zigelli – e não tive a felicidade de conviver com ele – faleceu em 1975, agosto, num acidente de avião quando ia para a sua Joaçaba na qualidade de Secretário de Imprensa do governo Konder Reis. Passados quase 32 anos, Florianópolis, apesar de toda a evolução do seu rádio, ainda sente que um Adolfo Zigelli teria lugar cativo em qualquer emissora e com larga vantagem.
Radialista e jornalista. Nasceu em Araranguá (SC) e iniciou como locutor ao microfone da Rádio Eldorado de Criciúma onde exerceu funções de repórter, redator e de diretor da emissora. Atua atualmente em jornal, rádio, televisão e internet onde mantém o site aderbalmachado.com.br | Reside em Balneário Camboriú/SC.
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