Uma palavra de despedida: apenas, o início
INÍCIO DE TUDO…?
Ainda não se sabe.
Tarde quente de Cascavel.
A família toda em está em casa.
Aliás, pelo que sabia ninguém tinha saído.
Parece, até, que aguardava algum fato novo, alguma coisa nova, enfim, qualquer coisa que pairava no ar.
A tarde já estava velha naquele dia de muito sol.
Ora pra lá, ora pra cá, como boi sonso esperando a janta.
Na rua, poucos carros passavam; no entanto deu pra notar um carro estranho que passou umas três vezes por ali.
Pessoas estranhas olhavam a residência.
Seriam ladrões… Oficial de justiça… Parentes… Sabe- se lá…! O certo é que passavam e tornavam a passar. Um deles desce do carro e dirige-se ao portão.
Vai ao seu encontro.
Onde será que já viu esse rapaz…? Que é familiar, isto não lhe resta a menor dúvida.
Alguma coisa mexeu dentro dele.
Alguma coisa mexe com o seu íntimo, revirando, buscando aquela expressão de jovem conhecido, alguém cuja aparência não era nova, mas perdida no tempo e no espaço.
– Boa tarde…
Sua voz tremeu ou foi impressão…?
– Boa tarde, responde um tanto quanto ressabiado.
Radialista desde quando estreou ao microfone da Rádio Clube de Paraguaçu Paulista, na década de 1950. Trabalhou nas principais emissoras de Rádio do Paraná e Santa Catarina atuando na locução, produção e direção artística. Tem dezenas de livros publicados sobre rádio e jornalismo. Atualmente se dedica a ações filantrópicas.
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